segunda-feira, 3 de junho de 2013

Cachoeira e São Felix, as gêmeas do Recôncavo

Fatima Dannemann

         Essa semana eu, deliberadamente, volto as raízes e mostro um pouco de Cachoeira e São Felix onde está, aliás, o velho prédio da fábrica de charutos Dannemann que foi fundada por um irmão de meu bisavô. Essas duas cidades, banhadas pelo Rio Paraguaçu e ligadas por uma ponte inaugurada pelo imperador, é um ponto imperdível para quem gosta de história, lugares bonitos, arte, arquitetura e cultura baiana.
          Para quem está em Salvador, dá para ir e voltar num dia. Mas se puder ficar e aproveitar mais um pouquinho, melhor. Dia de sábado, tem feira em Cachoeira quando a pracinha onde tem o mercado vira um verdadeiro shopping center. Tem de tudo, mas o melhor são os queijos artesanais. Esqueça os óbvios provolone, coalho e requeijão e escolha o queijo-cabacinha. Para acompanhar que tal um dos licores feitos em Cachoeira? Tem pelo menos duas lojas especializadas. Eu gosto mais da Casa do Licor onde sempre tem algo exótico e exclusivo.
           Imperdíveis são o museu e sede da Irmandade da Boa Morte,  a fábrica de charutos, do outro lado da ponte, em São Felix, as igrejas das duas cidades (a maioria do período barroco), a casa de Hansen Bahia, e outros lugares. Chegando perto do rio, dá para ver, ao fundo, o paredão da Barragem Pedra do Cavalo com seu enorme lago. Alem de Cachoeira e São Felix, há outras cidades no Recôncavo como Santo Amaro, terra de Caetano Veloso, que pode ser visitada no caminho para Cachoeira.

Fonte: experiência pessoal

Saint Martin: Uma ilha, duas bandeiras e seus contrastes



Nas revistas, anúncios e páginas de turismo, Saint Martin ou Sint Marteen é vendida como “um dos melhores e mais bonitos pontos do Caribe”. Não é exagero. Esta ilha de 80 mil habitantes, dividida entre franceses e holandeses, é de fato um presente dos deuses para nativos e turistas. Belíssima, com vistas para outras ilhas como Anguila e Saint Barth, a ilha de dupla nacionalidade possui lagunas, enseadas, Marinas, resorts e um porto que recebe anualmente os maiores e/;ou mais luxuosos navios e iates de cruzeiros do mundo.

 

Um marco no alto de uma colina, revelao que a ilha tem de peculiar. De um lado, 
uma bandeira de cores azul, vermelha e brancacom listas horizontais, De outro, uma bandeira com as mesmas cores de listas verticais. Sim, Holanda e França dividem a ilha onde moram cerca de 100 mil pessoas, entre nativos e imigrantes, que vivem basicamente de comercio e turismo, habitando as duas capitais Marigot (francesa, onde circula o euro, e é, segundo os próprios nativos, “mais organizada”) e Phillipsburg (holandesa, onde circula o dólar e o florin, e é, segundo os turistas, “mais alegre, lembrando o clima de Amsterdan”).
Nesta ilha, a água é obtida através de dessalinizador. Nãio há rios nem fontes de água potável. No lado francês, é proibido cassino e outros jogos. No lado holandês, a fila na porta do ministério do trabalho revela que, alem dos locais, imigrantes também lutam por uma colocação nos resorts ou condomínios de luxo que existem na região. No comércio, predominam orientais. Chineses e indianos principalmente. Mas, assim como em ilhas vizinhas, os visitantes podem comprar jóias e semijoias baratinho e ainda se deliciar com vitrines de lojas de griffes e produtos importados. Mesmo com os contrastes, não se vêem mendigos nas ruas e povoados da ilha.