Quando se fala em Escandinávia, pensa-se na região mais ao
norte da Europa como uma coisa só. São, na verdade, quatro países distintos:
Suécia, Noruega, Dinamarca e Finlândia. Se contarmos com a Islândia, são cinco,
mas prefiro falar apenas sobre os que eu conheci – ou quase isso já que na
Noruega tudo se resumiu a uma navegação cênica por culpa de uma greve dos
portuários.
Desses países, só
a Finlândia é república. Noruega, Suécia e Dinamarca são monarquias
constitucionais. Mas, todos são países altamente civilizados, seguros e
democráticos. Por incrível que pareça, tudo funciona nesses locais. Mesmo
coisas “simples” como ver a policia fiscalizando ciclistas ocupando espaços de
pedestres e mais: aplicando multas e advertência na hora.
São países que têm longos meses de inverno e dias escuros. Em compensação, o verão é celebrado com dias em que o sol praticamente não se põe: o sol da meia noite. A entrada do verã0 – o solstício – é comemorado com uma festa que vêm desde os tempos primitivos, o midsummernight, um verdadeiro carnaval não só nos países escandinavos como em outros países da Europa como a vizinha Estônia.
Além do sol da meia noite e do alto grau de civilização e
democracia, os países escandinavos tem arte, arquitetura, tradições que vêm de
tempos muito antigos. Uma das atrações da cidade dinamarquesa de Aarus, por
exemplo, é uma área medieval totalmente preservada e transformada numa espécie
de parque temático.
A comida se baseia principalmente em frutos do mar e pão, em
especial na Dinamarca onde os sanduiches são verdadeiras montanhas de
recheio. Entre as bebidas, é a cerveja
que annima as festas nórdicas. Algumas, são marcas muito antigas, algumas
inclusive, das mais tradicionais da Europa. Em Kopenhagen, Dinamarca, a fábrica
da cerveja Carlsberg é uma das atrações visitadas pelos turistas.
E para ver, curtir
e passear? Estocolmo, Suécia, é uma cidade tão bonita que mesmo em meio as
constantes chuvas e a temperaturas de menos de 10 graus centígrados, é
agradável passear pelas ruas da cidade antiga e explorar a área no entorno do
Palacio Real e de outros monumentos. Estocolmo foi construída sobre ilhas e uma
boa pedida é ver a cidade a partir dos barcos que fazem as vezes de ônibus
flutuantes. Muita gente, inclusive membros da família real, mora nos arredores
da cidade, na beira dos canais, e em meio a bosques e jardins muito verdes.
Ver esses países do
mar não deixe de ser uma experiência interessante. Principalmente na Noruega,
toda recortada por fiordes, onde a paisagem é pontilhada por casinhas e chalés
que ´parecem ter saído diretamente dos livros infantis. São telhados muito
altos e inclinados, chaminés saindo
fumacinha das lareiras que mesmo no verão devem permanecer acesas porque as
temperaturas, em alguns países são sempre inferiores aos 20 graus.
O mar e a
tradição da navegação – dizem que um viking chegou até ao Canadá em plena idade
média e antes de Cristovão Colombo – faz com que seja fácil ir de um país a
outro de ferryboat. Você dorme em Estocolmo, por exemplo, e acorda em
Copenhague, ou dorme na Dinamarca e acorda em Oslo, Noruega. Mas, uma ponte em
pleno mar Báltico selou uma amizade entre Suécia e Dinamarca acabando com as velhas rixas entre os dois paises. Rivalidade, agora, só no futebol.