quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Monte Santo: a fé na terra que inspirou Glauber Rocha




Nem todas as viagens que eu fiz foi para o exterior. Rodei um bocado aqui mesmo pela Bahia em meus tempos de reporter, e um dos lugares que mais me impressionou foi Monte Santo. O sertanejo é antes de tudo um forte, disse Euclides da Cunha em Os Sertões, e no agreste baiano, a força do sertanejo vem da fé. Em meio a um cenário tipo “até o fim do mundo”, o santuário de Monte Santo, cerca de 500 km de Salvador, atrai devotos dos mais diversos pontos do estado que, todas as sextas-feiras santas, refazem a Via Sacra lembrando os últimos momentos da vida de Cristo.



Na semana santa, a cidade fica lotada. Quatro horas da manhã. Barulhos esquisitos acordam o forasteiro em plena madrugada. São as matracas, instrumentos de percussão, que acordam a cidade. Sua musica esquisita significa que está na hora de subir o morro descoberto pelo Frei Apolônio de Todi, no século XVIII e refazer os passos de Jesus. Lá no alto, as imagens do Senhor Morto e de Maria esperam os fieis para descer em procissão umas cinco ou seis horas mais tarde. Monte Santo é uma cidade pequena, pobre, com o pior índice de analfabetismo do estado da Bahia, e sequer lembrada como centro de turismo. Somente na Semana Santa é que recebe os romeiros, muitos deles vindos de cidade próxima.

O cenário é exótico na região. O típico agreste baiano com muitas espécies de cactos, arbustos, algumas arvores maiores. Nesse cenário, famílias e mais famílias de lavradores lutam contra a seca para garantir seu pão de cada dia. Perdido na caatinga, o frei italiano achou semelhanças entre a Serra de Piquaraça, que passa nos limites da cidade, e o Calvário, onde aconteceu a crucificação. Desistiu de procurar a paróquia para a qual foi destinado, ficou por ai e construiu as 25 capelinhas representando as estações da via sacra, e três delas maiores dedicadas ao Arcanjo Miguel, Nossa Senhora das Dores e Santa Cruz, ponto final da caminhada no alto do morro.



Ervas e lendas


O interior parece não se contaminar por mordenismos high-tech e algumas lendas e tradições resistem às viradas de século. Uma delas é a de pegar velas acesas na capela do arcanjo Miguel e guardar em casa. Em noite de trovoada, acender essas velas será garantia que nenhum raio vai cair em casa. É isto o que fazem senhoras mais idosas, as que fazem a caminhada no seu próprio ritmo, ou as que simplesmente acreditam que “o que vale é a intenção” e simplesmente sobem apenas algumas estações esperando a procissão para descer com as imagens. Uma delas contou que “minha filha é agoniada. Quando roncava trovoada que cai os coriscos, ela ficava azuadinha. Me ensinaram para acender a vela de São Miguel. Eu acendi e ela nunca mais se agoniou”.

Outras pessoas catam ervas e enumeram seus poderes mágicos e/ou medicinais. Uma serve para “afugentar coisa ruim”, outra serve para “curar espinhela caída”, tem as que baixam feres, curam dores, etc. Todas crescem no morro por livre e espontânea vontade da natureza e a mulherada da região, especialmente as mais velhas, juram que esta é a prova, “que deus andou por aqui mesmo”. Pode ser ou não. O frei comparou o morro ao Calvário, mas o sofrimento lá é humano. Professores, há três anos, recebiam apenas R$20,00 de salário. Como os poucos professores graduados do local se filiaram à instituição da classe, o governo resolveu bloquear os salários. Há dois anos eles ainda brigavam na justiça para receber os atrasados, mas, surpreendentemente, continuavam dando aulas.

O transporte mais visto por lá ainda é o pau de arara, e é nas carrocerias de caminhões que crianças e adolescentes vão a escola, numa cortesia da prefeitura municipal. Claro, não há segurança, e os motoristas simplesmente voam pelas estradas muitas delas sem asfalto. Turismo, zero a esquerda. Não existe infra-estrutura. Mas, intelectuais e estrangeiros se sentem atraído pelas histórias que cercam o lugar, e numa dessas, Glauber Rocha fez de Monte Santo cenário de seus filmes. Uma estátua de Antônio Conselheiro lembra que o líder de Canudos andou por lá. E é tudo. A cidade gira em torno da espera pela sexta-feira da paixão, e depois que a procissão desce, tudo é permitido. A vida volta ao normal e jovens e adolescentes sentam-se nos bares para tomar uma cervejinha rompendo o aleluia por conta própria. “Subi ao morro, rezei, voltei. Paguei meus pecados e agora estou com lucro até o ano que vem”, dizem os rapazes, sinal de fé para quem “pena” o ano inteiro na terra do sol.

Poltergeist, enquanto não é tempo de procissão

Dizem que foi por causa da guerra de Canudos. Pode ser, pode não ser, mas o fato é que histórias fantásticas rondam a região entre Uauá, Canudos, Euclides da Cunha, Monte Santo, Massacará e outras cidades. São casos estranhos, como o de uma mulher que mora em uma cidade e ouve tudo o que conversa na outra. A história de um menino que teria desencadeado poltergeists no sítio dos pais, e rios secos que jorram sangue em Canudos.
Claro, se alguém perguntar, ninguém sabe, ninguém viu e tudo morre no “dizem, mas eu não sei não.
Um dos casos ganhou destaque a nível nacional ao ser apresentado no Fantástico, Rede Globo, e aconteceu em 96. Num povoado próximo a Euclides da Cunha, 38 km de Monte Santo e 470 km de Salvador, colchões foram queimados misteriosamente, visitantes receberam pedradas, e ovos apresentavam sangue em vez de clara e gema ao ser quebrado. O fotografo Walter Carvalho percebeu vultos ao entrar na casa assombrada, e a repórter recebeu um puxão no cabelo. Antes disso, o prefeito da cidade por pouco não foi atingido por pedras atingidas pelo “espírito”.
Segundo os moradores locais, era Romãozinho. O espírito de um menino do mal que se manifesta, de tempos em tempos, em famílias esquisitas. “O tio é casado com a sobrinha, ai Romãozinho está castigando”, diziam os moradores próximos. Um garoto de 13 anos, filho do dono do sitio, seria o epicentro do problema (o médium que desencadearia o fenômeno) segundo os diversos espiritualistas, religiosos e parapsicólogos que foram pesquisar o fenômeno. A igreja católica não se manifestou. O padre disse na época que não havia necessidade de ir até lá, “é tudo imaginação”. Mas, o povo contra-atacou: “ele está é com medo”.


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Imagens de minha cidade


A Associação Comercial não é turística, mas é um belo prédio do Comercio, no que chamam Cidade Baixa.


Ligar Bahia ao Farol da Barra parece óbvio, mas é exatamente do Farol da Barra que eu me lembro quando falam em Salvador. È ele que eu procuro quando chego de viagem de avião ou navio. É sinonimo de Bahia.


O pequeno Forte de Santa Maria é um dos dois fortes que marcam os extremos do Porto da Barra, marco zero da cidade. O outro é o Forte de São Diogo. Santa Maria é um forte simpático, com jeito de residencia. Se eu fosse do governo, transformava em alguma coisa. Quem sabe, um cerimonial.


Os coqueiros de Itapuã foram imortalizados em música. Sobraram poucos depois que itapuã deixou de ser um bucólico bairro de veraneio para se transformar num féerico bairro com residencias e comercios. Esses coqueiros ficam em Piatã, bairro vizinho lotado de condomios fechados.


A velha igreja do Rio Vernmelho ia ser derrubada. Não foi, foi preservada, está lá no meio da praça. Bel Borba construiu um megacacho9rro e colocou lá. Ficou maneiro.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Imagens da Tunisia


Com parte de seu territorio no Saara, a Tunisia reserva surpresas para os turistas. Areia e palmeiras se intercalam. Dunas de todos os tamanhos. Vegetação rasteira. Frio de rachar no inverno e calor extremo no verão. Essas palmeiras ficam perto do centro de visitação nos arredores de Douz, uma cidade-oasis na entrada do mais famoso deserto do mundo.


Outra surpresa tunisiana é o lago salgado de Chott el Jherid, um dos "chotts" encontrados no deserto. Este lago seria parte de um mar interior que foi secando ao longo dos tempos. A paisagem é simplesmente fantastica. Deste lago se retira sal consumido em vários paises europeus,. Para atrair os visitantes, fazem-se esculturas na areia. Na beira da estrada, camelôs vendem monte de quinquilharias entre as quais a rosa do deserto, uma escultura feita com areia cristalizada.


Outra surpresa do deserto é ver o por do sol de um dos muitos (e realmente bons) hoteis do pais. Tozeur, um oasis bem no meio do Saara e estrategicamente perto de vários pontos turisticos como Nefta, Sbleita, Chebika e Tamerza, vem se tornando um polo importante com resorts de primeira. Ver o por do sol de um deles, realmente, não tem preço.


A herança cultural da Tunisia reune berberes, árabes, gregos, fenicios, romanos. A presença romana no norte da Africa, aliás, é forte em vários países. Na Tunisia, alem de Cartago, há o El Jhem, um anfiteatrp no estilo do Coliseu romano, tem Sbleita (foto acima) uma grata surpresa bem no meio do caminho entre o deserto e o litoral.


O conjunto de templos romanos no que foi o centro da cidade antiga de Sbleita é uma verdadeira joia e está bem preservado. Uma miniatura dessa cidade tambem pode ser vista no museu do bardo em Cartago.



Tijolinhos aparentes formando lindos desenhos geométricos. O país é pobre, vive da agricultura, do turismo, o comercio acontece meio desordenadamente em camelôs e feiras e em meio a muita pechincha, mas a arte é rica. O cross-over entre tantas culturas (aborigenes, orientais, europeus) resultou em belos detalhes como a arquitetura de Tozeur e outras cidades do deserto.


O turismo traz boas divisas. O Brasil tem enviado grupos regulares ao pais no nosso verão, quando lá é inverno e a temperatura é mais amena. Mas os europeus arriscam idas mesmo no verão quando chegam a ser registradas temperaturas sufocantes de mais de 50 graus (em Matmata, o povo vive em cavernas justamente para poder suportar o verão). Bons hoteis, tanto de megarredes internacionais, como locais, podem ser encontrados até em meio ao deserto. Com toda infraestrutura - piscinas cobertas e descobertas, academias, restaurantes e até boites e teatro.



Perto da fronteira com a Argélia (que é fechada aos estrangeiros) ficam pelo menos dois oasis te montanhas que valem a visita: Chebika e Tamerza. São absolutamente lindos. Tem encosta, palmeiras, nascentes, pássaros e historias curiosas: um deles foi destruido por uma enchente!!!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Sevilha - uma bela velha cidade

Passei em Sevilh algumas horas. È pouco, muito pouco. Mas eu estava em um ceuzeiro maritmo, o navio para em Cadiz (uma bela cidade andaluza), navio tem hora pra chegar e hora pra partir e o jeito foi correr pra ver, pelo menos o principal da cidade, a quarta maior da Espanha, perdendo apenas para Madrid, Barcelona e Valencia. A cidade tem mais de tres mil anos de historia e o resultado da influência de diversos povos que passaram por lá (romanos, bárbaros, arabes, etc) pode ser visto em monumentos, centro histórico, torres, igrejas e outras construções.


Em Sevilha, becos como esse da foto acima (eu adoro um beco por mais que eles pareçam misteriosos) estão em todo o centro histórico e em uma de suas principais atrações, a Juderia, ou bairro judeu. Sevilha foi fundada pelos tartessos, concretamente os turdetanos, cerca do século XIII a.C., com o nome de "Hispal". Depois foi ocupada pelos fenícios e cartagineses. Depois passou pelos romanos, visigodos e mouros, que lhe deram o nome de Ishbiliya (árabe أشبيليّة) que derivou depois em Shbiya para terminar no nome atual. Nesta época a sua riqueza cultural cresceu enormemente pela cultura árabe, em tanto que tinha dependência do Califado de Córdoba convertendo-se na mais importante de Al-Andalus. Foi capital dum dos reinos de taifas mais poderosos desde 1023 até 1091 governado pela família dos abádidas. Na época almóada construíram-se a Giralda, o Alcázar e a Igreja de São Marcos. Entre finais do século XI e até meados do século XII assentaram-se os almorávides na cidade, uma época muito boa para os negócios e a arquitectura. Os cristãos reconquistaram a cidade em 1248 durante o reinado de Fernando III de Castela.


Sevilha é banhada pelo Rio Guadalquivir. O nome é complicado justamente por ser uma herança dos mouros. Mas é um rio largo, bonito e belas pontes ligam os dois lados da cidade. O clima de Sevilha é mediterrânico, com influências continentais. A temperatura media anual é de 18,6 °C, o que faz desta cidade uma das mais quentes de Europa. Os invernos são suaves. Janeiro é o mês mais frio, com médias entre 5,2 °C e 15,9 °C e os verões são muito quentes. Julho possui as medias mais altas, entre 19,4 °C e 35,3 °C e todos os anos superam-se os 40° em varias ocasiões. As temperaturas extremas registadas na estação meteorológica do Aeroporto de Sevilha foram de -5,5 °C, em 12 de Fevereiro de 1956 e 46,6 °C, em 23 de Julho de 1995. Há um recorde não homologado pelo Instituto Nacional de Meteorologia que é de 47,2 °C em 1 de Agosto de 2003. As precipitações são de 534 mm por ano, concentradas de Outubro a Abril. Dezembro é o mês mais chuvoso, com 95 mm. Há 52 dias de chuva por ano, 2.898 horas de sol e 4 dias de leve possibilidade de gelo.


Sevilha foi sede da Expo 92, Mas, muito antes disso, sediou a primeira Exposição Iberoamericana, em 1929, da qual ficou Praça de Espanha. Da Expo'92, permanecem parte das instalações que foram reconvertidas no parque tecnológico mais importante da Andaluzia, o parque temático "Isla Mágica" e a monumental ponte do Alamillo sobre o rio Guadalquivir do arquitecto Santiago Calatrava. Destaca-se na actualidade a realização das obras do Metro de Sevilha. Esses e outros eventos deram a cidade toques de modernidade como amplas avenidas e parques com muitas arvores.


estive lá no domingo de Páscoa. Sem dúvida alguma, a principal festa de Sevilha é a Semana Santa, na qual 59 irmandades desfilam pelas suas ruas, saindo dos diversos templos até à "Carrera Oficial" (percurso oficial obrigatório para todas), que começa na Campana e finaliza ao sair da Catedral, onde se realiza a estação de penitência. Um terço da população participa nas confrarias como irmãos da luz, "costaleros" ou membros de uma banda.

Igualmente destacável é a "Feria de Abril", festa de carácter folclórico que reúne cada ano milhares de pessoas vindas de toda Espanha (e não só) no recinto "ferial". São típicas as "casetas" (barracas com forma de tendas) onde as pessoas se reúnem para cantar e dançar sevilhanas e flamenco. Durante a semana de "feria" realizam-se uma série de touradas de fama nacional, na conhecida praça de touros de Sevilha "La Maestranza". Um dos destaques da cidade é a Catedral, considerada uma das maiores do mundo, as torres, o museu das carruagens.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Tunis, será que ainda é possivel ir até lá?


Uma das melhores viagens que eu fiz foi à Tunisia, esse pequeno pais do norte da Africa, que ganhou as manchetes no inicio de 2011 quando o quase eterno presidente do pais Ban Ali foi derrubado. De lá pra cá, parece que a coisa amainou um pouco, mas não sei se está seguro ir até esse pais onde há deserto, praias, cultura mulcumana, reminicencias dos romanos, fenícios (cartagineses), alem de toda a ancestralidade africana e o povo que habita o deserto.

Na época em que fui - 2009 - a Tunisia era um pais que mesclava bem as culturas ocidental, mulcumana e africana. As mulheres tinham certa liberdade (inclusive de trabalhar, e de não usar o véu) e nas mesas de bares e restaurantes dava para se tomar uma cervejinha ou um vinho, embora o must é mesmo o chá de menta servido quente em copinhos decorados.

Para comprar, a Tunisia só não é um paraiso completo porque é preciso pechinchar um bocado nos mercados e são tantos mercados, camelôs, ambulantes que chega uma hora em que rezamos por um shopping chique com vitrine, ar condicionado e demais mordomias. Só achei um em Sousse, uma das maiores cidades do país, no litoral.

A capitual é Tunis, uma cidade grande, bonita e cosmopolita. Tão cosmopolita que tem até igreja católica. A medina (cidade antiga) é um verdadeiro labirinto, mas vale a visita. Perto, há pelo menos dois pontos que merecem a visita.

O primeiro é Cartago. A parte fenicia decepciona um pouco pois está reduzida ao cemiterio onde eram sacrificadas crianças. A parte romana é maior e mais bem conservada. Outro ponto que é imperdivel é Sid Bou Said, um balneário simpático que já foi muito frequentado por artistas e intelectuais. Esses e outros lugares a beira mar têm as ruas decoradas por tangerineiras que quando estão carregadas dão um toque especial. Muitas das casas do local são de veranistas estrangeiros e algumas delas custam verdadeiras fortunas.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Um lugar no mundo - como começou


Hoje estava me lembrando como o "um lugar no mundo" começou> Foi meio de brincadeira em um dos meus fotologs. Eu catava foto na net, colocava um titulo "tal lugar existe". Os primeiros foram assim até que um dia eu pensei: porque não acrescentar uma pequena pesquisa sobre o lugar. Fui fazendo assim, com lugares que eu conheço, que eu não conheço, etc.

Nos ultimos tempos vinha postando apenas fotos com textos-legenda curtinhos. As viagens e os lugares me inspiraram este blog Meu Mundo e Tudo Mais (sim o titulo é uma homenagem à música de Guilherme Aranges), que eu ainda estou estruturando (mas podem visitar e seguir, sim0.

Enquanto isso, vamos continuar com a coluna Um Lugar no Mundo. Dessa vez, com um lugar pra lá de especial onde eu já estive TRES VEZES, e vou outras milhares de vezes. Adoro Veneza, um lugar mágico apesar de eternamente supoerlotado de turistas e visitantes.

Veneza (em italiano: Venezia, em vêneto: Venexia, AFI: [veˈnɛsja]) é uma cidade e comuna italiana da região do Vêneto, província de Veneza no nordeste de Itália. Tem cerca de 271 009 habitantes e é conhecida pela sua história, canais, museus e monumentos. A comuna de Veneza estende-se por uma área de 412 km², incluindo as ilhas de Murano, Burano e outras na lagoa de Veneza, tendo uma densidade populacional de 646 hab/km². Faz fronteira com Campagna Lupia, Cavallino-Treporti, Chioggia, Jesolo, Marcon, Martellago, Mira, Mogliano Veneto (TV), Musile di Piave, Quarto d'Altino, Scorzè, Spinea. A parte de Veneza em terra firme é a fracção comunal de Mestre.

A cidade foi formada num arquipélago da laguna de Veneza, no golfo de Veneza, no noroeste do mar Adriático. Tornou-se uma potência comercial a partir do século X, no qual sua frota já era uma das maiores da Europa. Foi uma das cidades mais importantes da Europa, com uma história rica e complexa e um império de influência mundial comandado pelos doges, os líderes da cidade. Como cidade comercial, tinha várias feitorias e controlava várias rotas comerciais no Levante. Eram suas feitorias cidades como Negroponto e Dyrrhachium (atual Durrës), assim como ilhas inteiras: Creta, Rodes, Cefalônia e Zante, por exemplo. O historiador Fernand Braudel classificou-a como a primeira capital econômica do Capitalismo.

O patrono da cidade é São Marcos (festa em 25 de abril). A festa do povo do Véneto é celebrada em 25 de março, data da fundação da cidade.

É classificada como Património da Humanidade pela UNESCO. Dos muitos monumentos e locais turísticos existentes, destacam-se a imponente Basílica de São Marcos, na adjacente Praça de São Marcos, a famosa Ponte de Rialto sobre o Grande Canal, construída em 1588 segundo projeto de Antonio da Ponte, a Ca' d'Oro e numerosas igrejas e museus.

Veneza é ainda famosa pelos seus certames internacionais, como o Festival de Cinema e a Bienal de Artes, pela Regata Histórica, que ocorre no primeiro domingo de setembro, pelo fabrico de vidro, pelo Carnaval de Veneza, pelos casinos e pelos seus passeios românticos, levando muitos casais a passarem suas luas-de-mel.

Nesta cidade nasceram os Papas Gregório XII, Eugênio IV, Paulo II, Alexandre VIII, Clemente XIII e Pio X, além de numerosos artistas e arquitectos como Antonio Vivarini (1440-1480), Antonio da Ponte (1512-1595), Tintoretto (1518-1594) e Canaletto (1697-1768). No campo da música, foi aqui que nasceu e viveu Antonio Vivaldi (1678-1741).

(os datos historicos são do Wikipedia)


Na primeira vez, eu fiquei em Castelfranco, uma cidade próxima, tambem no Veneto, e muito simpatica. Passei o dia em Veneza e voltei no ultimo vaporeto. Na segunda, foi engraçado. Em vez dos dias ensolarados e de céu muito asul, chovia horrores, teve maté alta, e nevou em Veneza. Sim, Nevou. Alguem dizia "Puxa, não sabemos como isso pode acontecer. Veneza raramente neva". Mas nevou. E andar nas passarelas por casa da maré alta foi uma experiência única. Na terceira vez, ficamos num hotel bacaninha perto da Praça São Marcos, que é um programa obrigatório. Ou para ver as vitrines caríssimas, ou pra sentar num dos bares e cafés e tomar uma ou simplesmente ficar flanando por lá e ouvindo os músicos que se apresentam na área (oficialmente, nos bares, ou extraoficialmente fazendo performances no meio das ruas).

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Restaurantes nas Ilhas Gregas

A comida grega é saborosa, cheia de cores e cheiros. Alem do moussaka, que lembra uma lasanha, tem os churrascos gregos, alguns servidos com pães, deliciosos, e nas ilhas a estrela da festa é o polvo. Os restaurantes são charmosos.


Este tem cadeiras coloridas. E fica em Mikonos, uma das ilhas mais badaladas do pais.


Em Santorini, fica esse restaurante todo em tons terras e muito colorido. Os cinzeiros na mesa indicam justamente o que parece: o grego fuma adoidado e em qualquer lugar.


Outro restaurante de Mikonos, este todo enfeitado de margaridinhas, muito fofo.


Fiquei em duvida se seria um restaurante, uma sacada de hotel ou apenas uma varanda particular. Tem várias assim em Santorini. Achei charmoso e fotografei.

sábado, 5 de novembro de 2011

Cachorrão do Rio Vermelho


Futucando cds antigos achei esta foto da primeira versão do cachorro do Rio Vermelho, de autoria de Bel Borba. Hoje tem um cachorrão pintado de preto e branco. Não sei se é o mesmo. Mas são trabalhos que eu gosto muito. Enfeitam e dão um ar divertido ao velho bairro boemio.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Declarações pichadas


No Caminho do Amor, estradinha de pedestres que liga Riomaggiori e Manarola em Cinque Terre, litoral da Liguria, italia, alem da paisagem e dos jardins, há tuneis e passagens cheios de arte como esse muro cheio de poesias e declarações de amor pichados na parede.

O rio que corre ao contrario


A imagem que temos de rio é a classica: os rios que desaguam no mar. O rio Iguaçu corre para outro rio, o Paraná, portanto em sentido "contrario". Perto da foz, essas maravilhas que são as cataratas, um pequeno engano meu: não é uma única cachoeira, mas muitas e muitas delas, algumas enormes, outras pequenas, mas o conjunto é indescritivelmente belo.

sábado, 22 de outubro de 2011

Por do sol: o Caribe enoitece em clima de magia


Nascer e por do sol são momentos mágicos. No Caribe, onde a festa dura o dia inteiro, apesar dos inumeros problemas que a população das milhares de ilhas enfrentam, o clima é especial. Visto do mar ou da terra, ver o sol se despedindo, devagarzinho, e luzes se acendendo significa que está quase na hora da salsa, do merengue e de tantos outros ritmos tocados em todos os lugares. Até na rua. Pode apostar.

Ricas piscinas a beira mar


Fort Lauderdale, Florida, é conhecido como point de ricos. Entre os que moram ou os que apenas passam temporadas por lá, muitas cabeças coroadas pela mídia. Artistas, empresarios, cantores, vai por ai. As casas são de cinema e as piscinas são verdadeiros lagos a beira mar.

Becos Insuspeitos


Em muitas circunstâncias, becos são apenas caminhos mais curtos entre duas ruas. Em Saint Thomas, este beco leva ao mar.

domingo, 11 de setembro de 2011

supresas em degraus



Escadas tem um que de misterio. O que elas escondem (ou revelam) lá em cima (ou lá embaixo)? Navios estão repletos de escadas. Por elas descem homens e mulheres chiques para a festa do comandante. Por elas sobem homens e mulheres descontraidos para o banho de sol na piscina. Ou levam a teatros, cassinos, bares, ou simplesmente a cabine. Mas ela sempre ligam dois pontos, e mais do que isso: dois planos.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Série Sagrado - Os sinos sempre dobram...


"Não perguntem porquem os sinos dobram". Frase de um poema famoso. Título de um livro de hemingway. Presença constante nas ilhas gregas. Mikonos, Patmos, Santorini, todas têm seus sinos. Muitos deles. Para mostrar que deus existe e que criou tudo aquilo ali. Talvez...

terça-feira, 19 de julho de 2011

Ainda nos tempos de calma


Até Abril deste ano, Atenas, capital da Grecia, era um dos destinos mais procurados pelos turistas que vão a Europa. Depois, protestos contra a situação econômica do pais (enrolado em dividas), transformaram a cidade numa verdadeira praça de guerra. Na Sintagma, em dias mais tranquilos, os soldados passam o dia inteiro numa espécie de balé militar em homenagem a soldados mortos mas guerras. Acima de tudo, a Acropole guarda a historia da cidade que remonta a vários séculos antes de Cristo.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Santorini como v ocê nunca viu


Entre as famosas ilhas gregas no Mar Egeu, Santorini é uma das mais bonitas e mais charmosas. Entre as famosas casinhas brancas, igrejas bucólicas com cupulas azuis, becos e cafés, há lojas que vendem algo mais que simples bijuterias com o famoso olho grego. Com modelitos made in Grecia como os da foto.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Serie Sagrado - Salvem, Deuses!!!


Em Agrigento, Sicilia, está um dos conjuntos arqueológicos mais impressionantes da antiguidade clássica, o Vale dos Templos, nos arredores de Agrigento, uma belissima cidade a beira-mar da ilha das tres pernas. Sete templos dedicado a importantes divindades gregas como Hera, Hercules, Vulcano, Esculápio e outros estão lá mostrando que a grandiosidade da fé do povo independe de tempo e de espaço.
O mais bem conservado é o Templo da Concordia. Mas o de Hera (foto) demonstra ter sido o mais bonito e mais importante, ficando na parte alta da colina de onde se desfruta de uma bela vista para o mar. A colonia de Agrigento data de 580 AC. O período de maior esplendor da cidade coincide com os dois primeiros séculos da sua vida: o período da democracia (471-401 a.C.), que se afirma a autoridade e a personalidade de Empedocle, ao qual se deve a retomada da atividade de edificação com a construção da maior parte dos templos agrigentoa.