terça-feira, 28 de maio de 2013

Lugano: Paisagem de quebra-cabeça com tempero italiano

A Suiça é um daqueles paises que trazem a memória paisagens de quebra-cabeça ou de embalagem de chocolate. Como queiram. Mas, muito mais do que isso, é uma nação, situada na Europa Central, que dá ao mundo exemplo de boa vizinhança e democracia. Formada por 26 cantões, a Confederação Helvética, seu nome oficial, possui quatro idiomas oficiais, o alemão, francês, romanche e o italiano, falado na região do Ticino, do qual Lugano, as margens do mesmo lago e pertinho da Italia (mais precisamente da Lombardia e, portanto, de Milão), é a maior cidade (mas a capital é Bellizona).


Maior cidade, sim. Mas não pense em nada astronômico. São 65 mil habitantes na cidade que se espalha pelas encostas das montanhas eternamente cobertas de neve e pelas margens do lago. O turista pode passear de barco pelo lago e até ir para outras cidades. Há também possibilidade de ver a cidade do alto tomando uma cremalheira ou teleférico até os picos mais próximos.


Pode-se chegar lá de trem, tanto vindo de Milão como de outras cidades suissas já que o pais é muito bem servido de transportes públicos. A descida da estação para a cidade, de cremalheira, já é uma atração a parte. Na primeira vez em que estive na Suiça, fiquei em Genebra e visitei principalmente as regiões francesa e alemã do país. A diferença principal entre Lugano e as outras cidades talvez esteja no clima mais alegre da cidade. Muitos bares e restaurantes perto do lago servem vinho, cerveja e a boa e velha cozinha italiana.


No centro da cidade mais antiga, há belos prédios, becos, um bom comércio onde não faltam griffes, relojoarias e algo mais pitoresco como loja de perucas e de bugingangas tipicas. (nota, as perucas não são tipicas, as bugingangas é que são)


A beira do lago, com calçadão e travessia segura por passagens subterraneas (embora os motoristas suissos respeitem o pedestre), convidam a belas caminhadas com brisa constante e paisagem de tirar o fôlego alem da sombra das árvores.


Um trenzinho turístico mostra ao visitante o básico da cidade em pouco mais de uma hora. Passa pelo centro, por ruelas de prédios antigos e coloridos, percorre toda a borda do lago até uma cidade próxima e para de novo na principal praça da cidade perto da prefeitura. Como minha ida a Lugano foi do tipo bateu-voltou, aproveitei e fiz esse passeio antes de passar pela loja da Swatch e comprar um legítimo relógio suisso pois, mesmo falando italiano, a população de lá prima pela pontualidade. Especialmente os trens.


Em Lugano, há tambem um jato de água no lago como o Jet d'eau de Genebra. Visto do outro lado da rua, com as montanhas nevadas ao fundo, é uma visão de cartão postal.


Vale a pena a visita e quem puder se demorar, beleza. Vi que alem de bons restaurantes a cidade é bem servida de hoteis, principalmente na beira do lago. A cidade é pequena, tudo é perto, mas ninguem se iluda. Como outras cidades europeias (e suissas) tem muito o que se ver, lá. E não basta só um dia.

terça-feira, 14 de maio de 2013

A Turquia que Salve Jorge não mostrou - Efeso e Kusadasi

Fatima Dannemann 

Quem nunca foi ligado em geografia ou história, ou quem nunca viajou para o exterior, deve pensar que tudo na Turquia se resume a Istambul e a Capadócia que, na linguagem do Projac parecem vizinhas mas ficam a pelo menos quatro horas de viagem distantes. País euro-asiático, a Turquia ocupa a península da Anatólia, faz fronteira com oito paises e foi um dos estados mais importantes do mundo, o Império Otomano. Ainda hoje, a Turquia - cuja população é majoritariamente turca, e é um estado laico, sem religião oficial - atrai muitos visitantes que vão não somente à belissima Istambul, metrópole situada metade na Asia metade na Europa, como a outros pontos que a novela ignorou. Um deles é Efeso.


Éfeso é um antigo porto greco-romano, fica pertinho de Kusadasi, uma cidade onde 11 entre 10 navios de cruzeiro fazem escala. Foi uma das doze cidades da Liga Jônia, durante o período grego-clássico e a segunda maior cidade do Império Romano. A cidade era famosa pelo Templo de Artemis (ou Diana) uma das sete maravihas do mundo antigo. Visitar suas ruinas é um banho de história geral e um passeio que nada deve ao Acrópole de Atenas ou as ruinas de Pompeia, na Italia.


Mas, Éfeso está ligada tambem ao cristianismo. É uma das sete igrejas da Asia citadas pelo Apocalipse de São João. Foram os cristãos, aliás, que destruiram o Templo de Diana, do qual sobrou quase nada.


Subindo as montanhas próximas a Éfeso, no alto do monte Koressos, chega-se a Casa da Virgem Maria. Curiosamente, este lugar é ao mesmo tempo católico e mulçumano - estes dizem que "se tem nas escrituras que Maria existiu, é porque ela existiu. A casa foi descoberta no século XIX através da descrição obtida através das visões da beata Ana Catarina Emmerich (1774 - 1824), uma freira católica, que foi publicada como um livro por Clemens Brentano após a sua morte2 . A Igreja Católica jamais se pronunciou sobre a autenticidade da casa por conta da falta de evidências aceitáveis, mas de toda forma mantém um constante fluxo de peregrinos no local desde a sua descoberta.  




O templo em si não é grande e pode ser descrito como uma modesta capela. As pedras preservadas e a construção em si datam da Era Apostólica e são consistentes com outros edifícios da época, mas com pequenas adições posteriores como jardins e itens devocionais no exterior do edifício. Ao entrar na capela, o visitante encontra uma único grande recinto com um altar e uma grande estátua da Virgem Maria no centro. No lado direito está um recinto menor - tradicionalmente associado com o verdadeiro quarto onde Maria dormia. A tradição mariana defende que alguma forma de água corrente costumava correr como um canal nesta sala menor, o "quarto de Maria", e que teria dado origem à atual fonte de água potável localizada do lado de fora da estrutura. Fora do santuário está localizada um "Muro de Pedidos" que os fieis utilizam para deixar suas mensagens e pedidos na forma de pequenos bilhetes de papel ou pano. Diversos tipos de flores e frutas crescem no local, que também recebeu iluminação artificial para auxiliar na defesa e no monitoramento do santuário. Uma fonte de água potável existe nas proximidades e alguns fiéis acreditam que água dali tem poderes milagrosos de cura ou de fertilidade.

Curiosamente, do lado de fora, montes de barraquinhas vendem mimos como pachminas, imã de geladeira, lenços, chaveiros e outras coisinhas completamente pagãs e nada sagradas. 

segunda-feira, 13 de maio de 2013

BUENOS AIRES SKYLINE - PRÉDIOS COM ELEVADOR

Eu costumo brincar "tal cidade? ah, é adiantada, tem prédio com elevador". Na verdade não é que eu goste de elevador - sou claustrofóbica, confesso - mas eu gosto da arquitetura moderna e de prédios pós-modernos. Me fascinam as formas geométricas quase perfeitas, aquela profusão de vidros e espelho e- mais do que isso, o poder do ser humano em vencer obstáculos. Nesse caso, alturas. Em vez de subir montes de escadas, elevadores fazendo o mesmo percurso em segundos. Bom, se não estiver superlotado e se tiver acensorista, eu até encaro. Algumas fotos de Buenos Aires, Argentina,


Contraste; supermoderno e mais antigo, claro e escuro. Os prédios não estão pertomais vistos de longe eu gostei.


Parece que o "boom" de construções chegou até os "hermanos" olha o guindaste. Um dos muitos em lugares como Porto Madero, Recoleta, Palermo e outros bairros.



Um hotel bacaninha e ultra-moderno em Porrto Madero. Eu entrei para ver. Dez.


Esse prédio é um pouco mais antigo. Gostei das sacadas. Romeu ia ter trabalho se Julieta morasse na cobertura.



Mais Porto Madero.


Aqui mais um contraste. Mas, apesar da modernidade de alguns bairros, especialmente Porto Madero, existem belos e tradicionais prédios mais antigos na capital argentina.


Mais uma vista dos mais novos prédios da cidade.