terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Maravilha mesmo

Eu só fui a Foz do Iguaçu no ano passado. Cheguei lá em meio a eleição das sete maravilhas naturais do mundo e encontrei uma forte campanha pela escolha das cataratas que se espalham por dois paises (Brasil e Argentina) e é um dos destinos turisticos mais procurados do mundo.
Não sei se as cataratas foram eleitas entre as sete maravilhas, mas de fato são maravilhosas. Não é apenas uma queda d'água como eu imaginava, mas várias delas. A mais vista em fotos, na parte brasileira, é este paredão de agua da foto.


É possivel chegar bem perto delas por um conjunto de passarelas. Bom usar capa para evitar a molhação. De cima da ponte da para ver a força do rio em meio as pedras e aos desniveis do terreno. Mas, ao todo são mais de 200 cachoeiras que compõem dois parques nacionais: um brasileiro,  criado em 1939 com o propósito de administrar o manancial de água, e o argentino, criado cinco anos antes, em 1934, com sede em Misiones.


O nome Iguaçu vem do tupi guarani e significa água grande. Segundo a lenda, um deus planejava casar-se com uma india que fugiu com seu amante mortal. O deus, então, criou as cataratas como forma de vingança, para condenar os amantes a uma eterna queda. O espanhol conhecido como Cabeza de Vaca descobriu as cataratas em 1542, mas estas ficaram "esquecidas" até o século XIX quando foram redescobertas.São 275 quedas ao longo de 2,7 km, algumas pequenas, como esta da foto abaixo:


No lado argentino, há um trem ecologico. No lado brasileiro, há um enorme centro de visitação com lojas de souvenires como camisetas, chaveiros e quatis de pelucia. Trilhas pavimentadas são percorridas diariamente por milhares de turistas. Para quem quiser ir diretamente para o ponto principal, é só ir de carro ou ônibus até o elevador panorâmico que deixa a pessoa pertinho do paredão de água que tornou as cataratas famosas no mundo inteiro.


Radical é o safari que inclui uma trilha mais selvagem e passeio nas corredeiras em barcos a motor. O preço é que espanta: nas agencias dos hoteis de Foz do Iguaçu, o safari custa cerca de R$150,00 por pessoa. O passeio de helicoptero tambem é muito procurado por quem quer ter uma visão mais ampla do conjunto de quedas.






quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Interiores: Palais de Glace, Buenos Aires

Caminhando pela Recoleta, descobri o Palais de Glace, um prédio de 1911 que já foi uma pista de patinação no gelo e hoje abriga o Salão Nacional de Artes. Entrada grátis, fui conferir. Dezenas e dezenas de obras das mais diversas tendencias. Pinturas, esculturas, xilogravuras, obras usando material reciclado, instalações como essa:


O salão e o prédio são contemporâneos. Enquanto o Palais de Glace abria suas portas como um clube sofisticado para a alta sociedade porteña, realizava-se a primeira edição do salão como mola propulsora da arte argentina. Repidamente o salão se tornou referência e a paertir de 1932 passou a ser realizado no Palais ocupando os dois andares do prédio até 1954. O Palais, então, passou a ser usado como estudio de televisãio enquanto o salão passou a ser realizado nos mais diversos locais. Só em 1960 é que o salão voltou ao antigo endereço estando lá até hoje. Ocupando não somente o terreo, mas o primeiro piso (foto abaixo).


A miscelânea de estilos é imensa. Afinal, o numero de artistas e obras que se inscrevem para participar do evento é enorme. Vale a visita do local que conta com música no entardecer, cinema, biblioteca, cursos e uma loja.


O museu está aberto de terça a sexta de meio dia as 20h, sabados e domingos das 10 as 20 h, fechando segunda feira. Endereço, Posadas 1725, telefone 48041163.


terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Cinque Terre


Na terceira vez que fui a Italia, o programa da viagem incluia as Cinque Terre, cinco pequenos lugarejos a beira mar, na Costa da Liguria. Quando vi as fotos na internet, tomei susto: Parece a Contorno. Nada a ver. As cidades foram construidas sobre encostas, sim, até as plantações de uva são enladeiradas. Mas os lugares, pouco tem a ver com as favelas brasileiras. Proximo a Levanto, Rapallo, Genova e Sta Margarida da Liguria, o trecho de 8 km de litoral, hoje um parque nacional, engloba Monterosso, Rio Maggiori, Corniglia, Vernazza e Manarola.


As cidades se parecem pois têm casinhas pintadas em tons de terra, rosa, amarelo, e janelinhas verdes. Estas localidades, que junto com Porto Venere e as ilhas de Palmaria, ilha de Tino e Tinetto foram declaradas em 1997 Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, são caracterizadas pelo relevo montanhoso próximo ao mar.


De um lugarejo para outro, dá até para ir andando. São trilhas bem sinalizadas que contornam penhascos e pedras onde os banhistas passam horas e horas tomando sol. Quase nenhum carro anda pelas ruas das cinco cidadezinhas. De uma para outra, pode-se ir, tambem, de trem ou de barco apesar do mar ficar meio agitado em certas horas do dia.


Cinque Terre é uma região lindissima, com mar bastante preservado e muito procurado principalmente durante os meses de julho e agosto, o alto verão italiano. As praias, nessa época ficam literalmente entupidas de gente. Nos vilarejos, muitos barzinhos, restaurantes, principalmente de frutos do mar, e muitas lojas vendendo lembrancinhas e artesanato (se não quiser bugingangas, vá a Genova ou La Spezia, maiores e melhores).


As praias de areia, não são muitas. Tambem não há muitos trechos públicos. Aliás, uma boa parte das praias da região é mesmo privatizada. Você paga uma taxa para usar vestiarios, banheiros, e toda a infra-estrutura. Na falta de areia, o povo se acomoda até em degraus de acesso e balaustradas.


Dos cinco povoados, Monterosso é um dos maiores e mais agitados. O parque das Cinque terre tem a particularidade de ser o único na Itália em ambiente trabalhado pelo homem. Um de seus objetivos é, de fato, proteger os terraços e os muros que o contêm.


Ir de um lugar a outro andando é uma farra e no Caminho do Amor, estradinha de pedestres que liga Riomaggiori e Manarola em Cinque Terre, litoral da Liguria, italia, alem da paisagem e dos jardins, há tuneis e passagens cheios de arte como esse muro cheio de poesias e declarações de amor pichados na parede. Sua história é ligada à ferrovia Gênova - La Spezia. A estrada era usada no início de 1900 para depositar o pó de disparo utilizado na construção da galeria ferroviária entre Riomaggiore e Manarola.

Há hoteis na região, mas se o tempo for curto, melhor ficar em La Spexia, Rapallo ou Santa Margarida da Liguria, lugares maiores e igualmente cheio de atrativos.