segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Por dentro dos oásis (mais tunisia)



Eu nunca tinha visto um pé de tâmara antes. Aliás, jurava de pé junto que as tâmaras nasciam em árvores frondosas como jaqueiras, mangueiras, etc.
Eu também achava que oásis eram aqueles lugares cheios de sheiks, odaliscas e muito luxo. Não é bem assim, não. Oásis são lugares onde tem água e na tunisia, são aproveitados para o cultivo de tudo o que eles consomem principalmente tâmaras.
Este oásis da foto é o de Gabes, no litoral. A cidade é horrorosa, mas ai dentro do palmeiral é bonito e a paz que se sente perambulando entre as árvores é enorme. Em Gabes, eles produzem não somente tâmaras como essências, temperos, especiarias, ah, e henna. Muita henna. Porque o cabelo dos tunisinos seria tão bonito, heim?



Na Tunisia, vira e mexe encontramos referencias a Mitologia, Literatura e História Greco-Romana. Por mais que o país seja mulçumano, traços das duas maiores civilizações antigas estão presentes aqui e ali. Ulisses, segundo acreditam, teria costeado a Tunisia e Djerba seria a famosa ilha onde ele encontrou as sereias. Eneias também esteve lá e deixou desiludida a rainha dos cartagineses, Dido, que teria se matado por causa dele.
Aqui, Hamammet, um belo lugar no litoral, onde se vê o crossing-over entre as culturas mulçumanas e greco-romana. Junto as sereias de Ulisses fica a medina, construção tipica dos países mulçumanos, a cidade antiga fortificada (por sinal belissima).
O sal que tempera os pratos franceses saem de Chott El Jherid, um lago salgado quase seco que corta a Tunisia ao meio. Como os turistas ficam óoooo boqueabertos com a paisagem deslumbrante e as esculturas de sal, os camelôs da área aproveitam para vender tudo que é tipo de quinquilharia. Uma delas, a rosa do deserto.


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